Tecnologia nos consultórios odontológicos
- Dr. Marcelo Zandoná
- 16 de mai. de 2017
- 2 min de leitura

A tecnologia chegou aos consultórios odontológicos e já é uma das principais aliadas dos cirurgiões dentistas na hora de elaborar tratamentos ou planejar cirurgias. O uso de imagens geradas, por Tomografia Computadorizada (TC) ganha o espaço das radiografias e fornece material capaz de gerar modelos tridimensionais em tamanho real dos dentes, ossos e estruturas associadas.
O uso da tomografia para a confecção de protótipos é uma inovação na Ortodontia trazida pelo doutor Jorge Faber. Ele explica que a técnica já é conhecida da medicina, mas na odontologia o método ainda é novo. “Ainda há muita resistência por parte dos profissionais, já que a técnica exige amplo conhecimento em informática e muitos não têm este treinamento”, avalia.
Faber ressalta a qualidade dos protótipos confeccionados a partir de imagens de Tomografia Computadorizada. “A reprodução das imagens da tomografia nos modelos de prototipagem, em resina, tem distorção mínima. A semelhança ao corpo do paciente é de 99%”, ressalta. A qualidade é tamanha que até outras deficiências ou disfunções na região da face podem ser observadas. “Em um destes processos, diagnosticamos um tumor na mandíbula de uma paciente”.
Os modelos de protótipos ajudam na comunicação com o paciente. “Com o protótipo fica mais fácil explicar como será o procedimento”, conta Jorge Faber. Além disso, é possível planejar cirurgias ortognáticas, por exemplo. Com o tratamento individualizado, o tempo do procedimento é reduzido em até 50%. “A rapidez no processo cirúrgico influencia o pós-operatório, que passa a ser menos incômodo e com menos riscos de infecções”, conclui. O uso de protótipos para diagnóstico otimiza o planejamento de tratamentos ortodônticos, com modelos capazes de eliminar a imagem do osso. No caso de dentes inclusos, que atingem 2,2% da população mundial, o protótipo indica ao dentista a exata posição do dente e o seu relacionamento com o osso e com outros dentes.
A prototipagem permite criar acessórios e dispositivos de ancoragem esquelética, individualizados de acordo com a necessidade de cada paciente e seguindo a sua anatomia.
O tracionamento ou avanço da maxila, por exemplo, pode ser realizado por um processo alternativo com ancoragem esquelética, confeccionando-se placas específicas a partir dos protótipos. “Com estas pequenas placas, os impactos em outros dentes são diminuídos”, conta Faber.
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